IPCA foi de 0,16% em março

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março foi de 0,16% e ficou 0,67 ponto percentual abaixo da taxa de fevereiro (0,83%). No ano, o IPCA acumula alta de 1,42% e, nos últimos 12 meses, de 3,93%, abaixo dos 4,50% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2023, a variação havia sido de 0,71%.

Período   TAXA 
Março de 2024 0,16%
Fevereiro de 2024 0,83%
Março de 2023 0,71%
Acumulado do ano  1,42%
Acumulado nos últimos 12 meses  3,93%

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis tiveram alta em março. A maior variação (0,53%) e o maior impacto (0,11 p.p.) vieram de Alimentação e bebidas. Na sequência, veio o grupo Saúde e cuidados pessoais (0,43% e 0,06 p.p.). No campo negativo, destaca-se a queda de Transportes (-0,33% e -0,07 p.p.). Os demais grupos ficaram entre o -0,13% de Comunicação e o 0,33% de Despesas pessoais.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Fevereiro Março Fevereiro Março
Índice Geral 0,83 0,16 0,83 0,16
Alimentação e bebidas 0,95 0,53 0,20 0,11
Habitação 0,27 0,19 0,04 0,03
Artigos de residência -0,07 -0,04 0,00 0,00
Vestuário -0,44 0,03 -0,02 0,00
Transportes 0,72 -0,33 0,15 -0,07
Saúde e cuidados pessoais 0,65 0,43 0,09 0,06
Despesas pessoais 0,05 0,33 0,01 0,03
Educação 4,98 0,14 0,29 0,01
Comunicação 1,56 -0,13 0,07 -0,01
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços    

Em Alimentação e bebidas (0,53%), a alimentação no domicílio desacelerou de 1,12% em fevereiro para 0,59% em março. Destacam-se as altas da cebola (14,34%), do tomate (9,85%), do ovo de galinha (4,59%), das frutas (3,75%) e do leite longa vida (2,63%).

alimentação fora do domicílio (0,35%) também desacelerou em relação ao mês anterior (0,49%). Enquanto o lanche acelerou de 0,25% para 0,66%, o subitem refeição (0,09%) teve variação inferior à observada no mês de fevereiro (0,67%).

No grupo Saúde e cuidados pessoais (0,43%), o resultado foi influenciado pelas altas do plano de saúde (0,77%) e dos produtos farmacêuticos (0,52%). Destes, destacam-se o anti-infeccioso e antibiótico (1,27%) e o analgésico antitérmico (0,55%).

Em Habitação (0,19%), a energia elétrica teve alta de 0,12%, influenciada por reajustes de 3,84%, a partir de 15 de março, e de 2,76%, a partir de 19 de março, aplicados nas duas concessionárias pesquisadas no Rio de Janeiro (1,18%).

Em taxa de água e esgoto houve aumento de 0,04%, por conta do reajuste de 4,04% em Aracaju (4,04%), a partir de 1º de março. No resultado do gás encanado (-0,05%), houve apropriação residual dos seguintes reajustes tarifários, com vigência a partir de 1º de fevereiro: no Rio de Janeiro (-0,09%), redução média de 1,30%; e em Curitiba (-0,15%), redução de 2,29%.

No grupo Transportes (-0,33%), houve queda nos preços da passagem aérea (-9,14%). Entre os combustíveis (0,17%) pesquisados, etanol (0,55%) e gasolina (0,21%) tiveram alta, enquanto gás veicular (-2,21%) e óleo diesel (-0,73%) registraram recuo nos preços. O subitem táxi apresentou alta de 0,23% devido ao reajuste de 8,31% em Belo Horizonte (2,28%), a partir de 8 de fevereiro.

Ainda em Transportes, a variação do ônibus urbano (-0,06%) foi influenciada pela unificação de tarifas em Recife (-1,21%), a partir de 3 de março; e pelo reajuste de 2,15% em Campo Grande (1,08%), a partir de 15 de março. Em ônibus intermunicipal (0,75%), reajustes foram aplicados no Rio de Janeiro (6,93%), a partir de 24 de fevereiro. No subitem trem (-0,19%), houve incorporação residual da redução de 4,05% nas tarifas no Rio de Janeiro (-0,42%), a partir de 2 de fevereiro.

Nos índices regionais, somente Porto Alegre (-0,13%) registrou recuo de preços, por conta da queda nos preços da batata-inglesa (-18,42%) e da gasolina (-2,41%). Já a maior variação ocorreu em São Luís (0,81%), influenciada pela alta do tomate (23,51%).

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Fevereiro Março Ano 12 meses
São Luís 1,62 1,06 0,81 2,96 3,29
Belém 3,94 0,69 0,54 1,99 4,69
Aracaju 1,03 1,09 0,50 2,34 4,06
Goiânia 4,17 0,51 0,36 1,76 3,46
Recife 3,92 0,74 0,33 1,70 3,23
Fortaleza 3,23 0,84 0,28 1,81 4,72
Brasília 4,06 0,75 0,21 0,60 4,13
Rio Branco 0,51 0,26 0,18 1,07 4,01
Rio de Janeiro 9,43 0,88 0,17 1,50 4,05
Salvador 5,99 0,96 0,16 1,26 3,36
São Paulo 32,28 0,93 0,14 1,32 4,07
Belo Horizonte 9,69 0,82 0,12 2,06 5,07
Campo Grande 1,57 0,81 0,11 1,41 4,32
Vitória 1,86 0,70 0,05 1,13 3,49
Curitiba 8,09 0,84 0,03 1,26 3,35
Porto Alegre 8,61 0,52 -0,13 0,52 2,86
Brasil 100,00 0,83 0,16 1,42 3,93
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços     

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 01 de março a 28 de março de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de janeiro a 29 de fevereiro de 2024 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

INPC tem alta de 0,19% em março

Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC teve alta de 0,19% em março, 0,62 p.p. acima do resultado observado em fevereiro (0,81%). No ano, o INPC acumula alta de 1,58% e, nos últimos 12 meses, de 3,40%, abaixo dos 3,86% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2023, a taxa foi de 0,64%.

Os produtos alimentícios passaram de 0,95% em fevereiro para 0,50% em março. A variação dos não alimentícios foi de 0,77% para 0,09%.

Nos índices regionais, somente Porto Alegre (-0,21%) registrou queda de preços, influenciada pela batata-inglesa (-18,42%) e pela gasolina (-2,41%). Já a maior variação ocorreu em São Luís (0,79%), por conta da alta do tomate (23,51%).

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Fevereiro Março Ano 12 meses
São Luís 3,47 0,99 0,79 2,84 3,11
Aracaju 1,29 1,01 0,54 2,40 3,68
Belém 6,95 0,80 0,51 2,07 4,82
Recife 5,60 0,80 0,37 1,83 2,78
Goiânia 4,43 0,51 0,35 1,76 3,51
Fortaleza 5,16 0,82 0,31 1,77 4,72
Salvador 7,92 0,93 0,23 1,34 2,97
Rio de Janeiro 9,38 0,73 0,20 1,37 3,38
Vitória 1,91 0,75 0,15 1,48 2,68
Belo Horizonte 10,35 0,79 0,12 2,46 5,10
Brasília 1,97 0,68 0,11 0,71 2,82
Campo Grande 1,73 0,79 0,10 1,45 3,79
São Paulo 24,60 0,89 0,10 1,30 2,89
Rio Branco 0,72 0,52 0,07 1,45 4,15
Curitiba 7,37 0,83 0,05 1,33 3,09
Porto Alegre 7,15 0,73 -0,21 0,81 2,11
Brasil 100,00 0,81 0,19 1,58 3,40
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços     

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 01 de março a 28 de março de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de janeiro a 29 de fevereiro de 2024 (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários-mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.