Brasil é o segundo pior país para se aposentar

O ambiente econômico difícil, que une queda na economia com aumento de inflação, soa sinais de aviso estridentes em 2022 para a segurança das aposentadorias. “Com a inflação atingindo seu nível mais alto em 40 anos, é apenas um fator em uma lista crescente de preocupações. Dado todo o potencial de armadilhas, 2022 pode ser um dos piores anos para se aposentar”, analisa a Natixis Investment Managers, que divulgou nesta terça-feira a edição deste ano do Global Retirement Index.

O Brasil ficou na 43ª posição entre 44 países, à frente apenas da Índia, no ranking que é liderado pela Noruega, Suíça e Islândia. Os Estados Unidos são o 18º, e a China, o 39º.

A lista inclui os países desenvolvidos, os membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e quatro das cinco nações dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China).

O item em que o Brasil se saiu pior foi em Bem-estar Material, mas aparece um pouco melhor em Saúde, Finanças e Qualidade de Vida.

A Natixis acredita que é provável que os aposentados terão que assumir maiores riscos com seu portfólio de investimentos para recuperar o terreno que já perderam. Inflação e juros ainda baixos tornarão difícil preservar a aposentadoria, “mas com 20 anos à frente, ainda há tempo para os aposentados de 2022 redefinirem seus planos”.

Os riscos para a segurança global da aposentadoria eram claros quando a empresa publicou o Índice Global de Aposentadoria em 2012: envelhecimento, déficits de fundos de pensão e um cenário econômico incerto e meio ambiente. Essas questões centrais permanecem as mesmas dez anos depois, mas novos riscos se apresentaram: inflação, taxas de juros e demografia

“Com a inflação na máxima de 40 anos, quem tem renda fixa já terá dificuldade em acompanhar os custos crescentes, quanto mais encontrar espaço para cortar sua renda. A longevidade aumenta o desafio. As pessoas podem viver mais, mas ninguém sabe quanto tempo eles viverão. Como resultado, falta uma peça crucial para a equação que diz quanto de renda você pode tirar de suas economias, garantindo que ela dure o resto da sua vida”, alerta a Natixis. (Monitor Mercantil)

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